O parlamento da França está considerando aprovar uma lei que proíbe que empresas de tecnologia usem a criptografia para proteger o acesso do governo aos seus dados. A criptografia consegue "embaralhar" os dados para que somente as pessoas autorizadas consigam decifrá-los.
O projeto de lei República Digital deve ser debatido e aprovado nesta semana, junto com cerca de 400 alterações. A mudança que propõe a interrupção da criptografia é uma resposta aos ataques terroristas em Paris no ano passado, ainda que os criminosos tenham usado métodos comunicações não protegidos.
De acordo com defensores e ativistas da segurança na rede, a medida pode trazer sérias consequência. Analistas apontam que as empresas de tecnologia não podem acabar com uma parte crucial de privacidade e segurança online.
"Deixe-me ser claro: enfraquecer a criptografia vai trazer danos às pessoas que estão usando a tecnologia pela razão certa", explicou Tim Cook, CEO da Apple, em uma entrevista no ano passado.
A nova lei francesa elogia o papel da criptografia para proteger os dados do usuário, mas critica o fato de que ela pode impedir a ação do Estado. "O objetivo é evitar que os sistemas de criptografia individuais atrasem o avanço de uma investigação", afirma o projeto.
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